Antes de ler sobre como o aperitivo foi criado pelos antigos romanos, é importante saber a definição da própria palavra aperitivo, que deriva do latim aperitivu.
(a.pe.ri. ti.vo)
Adjetivo: Que abre o apetite; APERIENTE
Substantivo masculino: Qualquer alimento que abre o apetite, que ger. se consome antes da refeição principal; ACEPIPE; PETISCO.
Bebida alcoólica que se toma antes da refeição, supostamente para abrir o apetite.
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O aperitivo foi criado no Império Romano: gustatio ou promulsis

O nosso famoso aperitivo de cada dia já andava de moda há 2000 anos, na Antiga Roma. Os romanos ricos tinham o costume de antecipar o jantar com bebidas alcoólicas e vários petiscos.
Era a hora do gustatio: um momento previsto nos banquetes mais suntuosos, com vários convidados, criado para estimular o apetite com antepastos saborosos acompanhados de mulsum, um vinho de alto teor alcoólico aromatizado com mel.
Antepasto do banquete romano: gustatio ou promulsis
O costume de abrir uma refeição com alimentos diferentes é bem difundida e faz parte da tradição da alta gastronomia e daquela popular. Um cardápio descritivo do almoço de Filoxeno consente-nos conhecer algumas comidas da cozinha grega do século IV a.C.
Dentre essas, encontramos um tipo de “antepasto”, e lemos que, para estimular o apetite, foram servidas iguarias leves.
O “gustatio“, verdadeiro e próprio antepasto, era oferecido pelos antigos romanos no início do jantar.
Esses alimentos eram chamados por Cícero de “promulsis” porque, no início do banquete, havia o costume de beber o mulsum.

O antepasto
Os antepastos eram representados por alimentos suculentos e estimulantes, especialmente hortaliças, que eram acompanhadas por molhos acres e picantes.
Desde aqueles tempos, observou-se que se o banquete fosse iniciado com saladas mistas de verduras cruas, estas ajudavam o sistema digestivo a receber os outros alimentos.
Segundo Cícero, os antepastos podiam ser finalizados com linguiça, ostras e frutos do mar, e, de qualquer forma, o prato ritual era o ovo cozido.
Após as invasões bárbaras, durante a alta Idade Média perdeu-se o costume do antepasto e os banquetes eram iniciados diretamente com a carne.
A palavra “antepasto” aparece pela primeira vez no século XVI, em um texto de Agnolo Firenzuola, e, sucessivamente, por outros autores.
O aperitivo moderno
Todavia, somente no século XVIII, essa moda começou a se propagar indistintamente em todas as classes sociais, exatamente em 1786, quando, em Turim, o destilador piemontese Antonio Benedetto Carpano criou o famoso Vermut, a bebida por excelência consumida nos aperitivos.
Obtido do vinho branco moscado aromatizado com mais de 30 variedades de ervas e especiarias, o Vermut conquistou em pouco tempo o paladar do público, graças também ao seu preço acessível, o que favoreceu a sua larga difusão.
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*Fontes: Tradução minha dos textos em italiano de Focus Cultura e Taccuini Storici.
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