Quem for ao centro histórico de Rimini, região Emília-Romanha (Emilia-Romagna), poderá visitar estes pontos turísticos que selecionei nesta postagem. Todos eles podem ser vistos em um só dia.
alguns pontos turísticos em rimini:
Pontos turísticos em Rimini: Domus del Chirurgo, a minipompeia
Domus del Chirurgo – Casa do Cirurgião – é um sítio arqueológico de idade romana localizado na Praça Ferrari, centro histórico riminês.
Neste sítio arqueológico, há restos de uma casa que perteceu a um médico-cirurgião no século III d.C., a qual era situada ao norte da cidade romana, perto da antiga faixa costeira.
A residência do cirurgião tinha dois andares e nela também se encontrava um ambulatório, este com um consultório médico e uma sala para internações.
Apesar do incêndio que atingiu a Domus del Chirurgo no século III d.C., ainda é possível apreciar belos mosaicos, como o de Orfeu, além de outros objetos.
para todas as informações atualizadas sobre horários e ingressos, consulte diretamente o site da domus del chirurgo.
Pontos turísticos em Rimini: Arco de Augusto e Ponte de Tibério: dois símbolos da potência do Império Romano
Em Rimini, há dois monumentos de época romana que se destacam pela sua importância histórica em toda a Itália: Arco de Augusto e Ponte de Tibério.
Arco de Augusto
O Arco de Augusto é o mais antigo arco conservado na Itália setentrional, o qual servia de portão de ingresso à cidade de Rimini para quem vinha de Roma.
Foi construído no ano 27 a.C. em homenagem ao primeiro imperador romano, Otávio Augusto, por parte do senado.
A sua arquitetura é decorada com elementos repletos de significados políticos e propagandísticos: a sua imensa abertura, a qual não pode ser fechada com portões, lembra a paz alcançada por Roma depois de um longo período de guerras civis; as divindades representadas nos círculos – Júpiter e Apolo no lado externo, Netuno e Roma em direção à cidade de Rimini – representam a grandeza do Império Romano e a potência de Augusto.
Ponte de Tibério
A Ponte de Augusto e Tibério, mais conhecida como Ponte de Tibério, que atravessa o Rio Marecchia, iniciou a ser construída por Augusto no século XIV d.C. e foi concluída por Tibério no ano 21 d.C.
É a partir dessa ponte que começam as estradas consulares de Emilia e Popilia em direção ao norte da Itália.
A Ponte de Tibério conseguiu resistir à tentativa de destruição por parte das forças armadas alemãs durante a Segunda Guerra Mundial.
Tanto o Arco de Augusto como a Ponte de Tibério estão situados no centro histórico de Rimini.
O que ver em Rimini: Praças Cavour e Três Mártires
No centro histórico riminês, existem duas praças que os turistas, obrigatoriamente, devem passar quando visitam o patrimônio artístico e cultural dessa cidade: Praça Cavour e Praça Tre Martiri (Três Mártires, tradução livre).
Como o centro é pequeno, em apenas alguns passos você consegue ir de uma praça a outra.
Praça Três Mártires
Começamos pela Praça Tre Martiri: Em época tardo-antiga, no lado em direção ao mar, existiam três igrejas: São Miguel, Santa Inocência e São Jorge, as quais, infelizmente, não existem mais.
Na Idade Média, a Praça Tre Martiri se tornou a segunda praça mais importante de Rimini depois da Praça Cavour.
Tal projeção se deu às suas feiras, ao mercado de carne sob seus pórticos e aos torneios, manifestações e cerimônios públicas em homenagem à família Malatesta, a mais poderosa da região naquela época.
Ainda hoje é possível admirar os capitéis góticos e renascentistas que adornam os pórticos situados no lado em direção às colinas de Rimini.
Homenagem a Júlio César
Estátua em bronze, cópia de um original romano, de Júlio César. A pequena coluna em mármore branco, sobre a qual está a estátua, contém uma inscrição que indica o lugar em que, segundo a história, Júlio César teria falado para as suas legiões após terem cruzado o rio Rubicão.
Praça Cavour
Saindo de Praça Tre Martiri e seguindo o Corso d’Augusto, chega-se à Praça Cavour, a mais importante da cidade.
Sua principal atração é a Fontana della Pigna, no seu centro, a qual foi elogiada e citada por Leonardo Da Vinci, em 8 de agosto de 1502, na sua passagem pela cidade.
No meio da praça também existe, desde 1614, a estátua de Papa Paulo V.
Fontana della Pigna: nela há uma inscrição com os dizeres de Leonardo Da Vinci que a visitou em 1502:
“Fassi un’armonia con le diverse cadute d’acqua, come vedesti alla fonte di Rimini, come vedesti addì 8 d’agosto 1502”.
A antiga peixaria da cidade, construída pelo arquiteto riminês, Buonamici, em 1747. Hoje é lugar de encontro de jovens e adultos graças aos vários bares que a circundam.
Em fins do século XVI, iniciou-se a construção do Palácio Garampi, o qual hoje é a sede do município de Rimini.
A velha peixaria, lugar muito frequentado por jovens e adultos que vão tomar aperitivos nos barzinhos da área.
Dicas de Rimini: É um templo erótico? Heroico? Herético? Não, é o Templo Malatestiano!
O Templo de Sigismondo Pandolfo Malatesta, senhor que controlou Rimini de 1432 a 1468, foi construído sobre a antiga Igreja de Santa Maria in Trivio, a qual, depois, a partir do século XVIII, transformou-se na Igreja de São Francisco.
Por volta de 1460, um papa acusou Sigismondo Malatesta de ter construído un templo pagão, cheio de divindades.
Sigismondo Malatesta e sua amada Isota degli Atti
Depois, de templo pagão este edifício religioso foi chamado de templo erótico, o qual enaltecia o amor entre o senhor de Rimini e sua amante Isota degli Atti (a qual depois seria a sua terceira esposa).
Passou de templo erótico a templo heróico e, por fim, a templo herético, devido às suas esculturas que simbolizavam a filosofia, além das divindades pagãs.
O grande senhor Sigismondo Malatesta não conseguiu que o seu templo ficasse completamente pronto, pois, com a sua morte, o edifício religioso permaneceu incompleto.
O sonho de Malatesta era reunir neste lugar as memórias da sua família, como em uma grande arca.
O grande arquiteto Leon Battista Alberti
Posteriormente, o senhor de Rimini decidiu contratar Leon Battista Alberti para que construísse sobre toda a igreja antiga.
Esse arquiteto inspirou-se na tradição romana, a qual é visível na fachada e nas laterais que lembram o Arco de Augusto e a Ponte de Tibério.
A construção do templo teve início por volta de 1447 e previa a abertura de duas capelas que serviriam de sepulcros para Sigismondo e Isota degli Atti, sua terceira esposa.
O projeto inicial foi realizado pelo arquiteto veronese Matteo de’ Pasti, enquanto Agostino di Duccio foi o responsável pelas decorações em mármore.
As várias esculturas que ornamentam o Templo Malatestiano. Os querubins, símbolos da divina sabedoria, estão por todos os cantos.
Crucifixo de Giotto, século XIV, única obra do artista em Rimini.
Endereço: Via IV Novembre, centro histórico de Rimini. Fica a cerca de dez minutos a pé da estação ferroviária e perto da Praça “Tre Martiri” e Praça Cavour.
Horário: Dias úteis, das 8h30 às 12h30 e das 15h30 às 19h. Feriados, das 9h às 13h e das 15h30 às 19h.
Entrada gratuita.
O pequeno e colorido burgo de San Giuliano
San Giuliano é um pequeno burgo fundado por antigos pescadores situado na parte norte de Rimini, a poucos minutos do seu centro histórico.
Uma caminhada até este burgo é mais do que aconselhada, visto que você também terá o grande prazer de atravessar a pé a Ponte de Tibério.
Muitas cores no burgo
Suas vielas, casas coloridas e pequenas praças são o exemplo de antigas construções populares, pobres, de característica medieval.
A partir da década de 50, as velhas cantinas e osterias deram lugar a restaurantes e trattorias de um certo requinte, mas sem deixar para trás a deliciosa gastronomia à base de peixe dos velhos tempos.
O grande diretor de cinema, Federico Fellini, nascido em Rimini, amava este burgo.
Em muitas casas, há murais que ilustram este diretor e seus personagens fellinianos, uma homenagem ao ilustre cidadão riminese que amava esse pedacinho da sua cidade.
Nos últimos anos, este burgo virou um centro de espetáculos culturais e artísticos. No verão, shows e outros eventos são realizados à beira do Rio Marecchia emoldurados pela imponência da Ponte de Tibério.
6 comments
Bom Dia! Estou maravilhado com o seu site.
Era dessa informação condensada e objetiva e com imagens que eu estava procurando.
Eu estou buscando informações sobre um antepassado de nome Biaggio Liciotti casado com Carolina Grottesi e a única informação que temos até agora é que o seu passaporte foi emitido na comuna de Francavilla d’ Ete, província de fermo, região de Marche (seu site me ajudou a entender isso.) em 18/02/1896.
Até então, eu achava que ele era nascido em Francavilla d’ Ete já que o passaporte foi emitido lá, mas parece que não.
Conforme vc explicou, Marche fica na região Central da Itália, composta por 5 regiões administrativas, dentre elas, Marche que possui 5 províncias, dentre elas, a província de Fermo que possui 40 comuni, dentre elas, Francavilla d’Ete, local em que o passaporte foi emitido.
Desse modo, cheguei a conclusão de que se ele não nasceu em Francavilla d’ Ete, ele pode ter nascido em umas das outras 39 comuni.
É aí que eu estou parado na esquina,kkkkkkkkkkk
Muito obrigado! Que Deus continue te abençoando mais e mais.
Bom dia, Vivaldino,
Sim, Marche é uma região que fica no centro da Itália. Inclusive, é muito bonita por sinal.
Fico feliz que o post lhe tenha sido útil!
Tenha um ótimo fim de semana,
Maria
Muitíssimo obrigada!
Olá! Gostei muito das dicas e, depois de lê-las, vou separar um tempo a mais para Rimini.
Gostaria de fazer uma pergunta: é possível um passeio de barco no Mar Adriático? Sem ser um cruzeiro de grande porte, apenas um passeio?
Muito obrigada, desde já.
Boa tarde, Nancy
A partir de maio, há passeios de barco pelo litoral de Rimini. Alguns vão até Pesaro, região Marche.
Para mais informações, pode consultar este site: http://www.riminicrociere.it/
Bom passeio em Rimini!
Maria