No centro histórico de Rimini, região Emília-Romanha, podemos admirar uma obra-prima da arquitetura militar malatestiana: é o Castelo Sismondo Malatesta, o qual representa o poder que essa família exerceu em Rimini e arredores entre os séculos XIII e XV.
Castelo de Rimini: símbolo de poder da nobre família Malatesta
O castelo foi encomendado por Sigismondo Malatesta em 1437 e foi finalizado, segundo as epígrafes que o decoram, em 1446. Sigismondo quis chamar esse edifício com o seu próprio nome: Castelo Sismondo.
A construção aproveitou muitas partes das pré-existentes casas malatestianas do século XIII, e também a fortificação que o predecessor de Sigismondo, seu irmão Galeotto Roberto, chamado de o beato, tinha mandado construir.
A arquitetura do Castelo de Rimini
Para Sigismondo, esse castelo era bem mais que o seu palácio: devia representar visivamente o seu poder, segundo um conceito totalmente tradicional, e mandou-o construir com formas mais pitorescas que racionalmente harmônicas, como demonstra a perspectiva mutável das torres.
A arquitetura do castelo também é caracterizada pela espessura das cortinas ameadas, o uso constante de arcos agudos e de implantes lapidários e cerâmicos.
Algumas características decorativas
Destaca-se também a riqueza do dourado e dos rebocos coloridos de verde e vermelho (as cores heráldicas malatestianas), documentados pelos escritores contemporâneos.
O castelo conta ainda com a tortuosidade dos percursos internos, a irracionalidade com a qual eram dispostos alguns cômodos e, talvez, a falta de grandes salões de cerimônias.
A forma do castelo em imagens antigas
Para termos uma ideia da forma original do castelo, atualmente temos que recorrer às medalhas realizadas por Matteo de’ Pasti para celebrar a sua construção e a um detalhe do afresco pintado por Piero della Francesca, no Templo Malatestiano, que reproduz exatamente como era o projeto do castelo.
Também podemos ler em uma página do De Re Militari, de Roberto Valturio, a descrição e a exaltação dessa obra e de Sigismondo Malatesta.
Torres e fosso
O seu núcleo interno era caracterizado por cinque torres que circundavam um alto torreão (o palatium).
Havia também um amplo fosso, o qual delimitava o seu circuito externo e estendia-se pela atual Praça Malatesta até chegar à parte posterior do Teatro Galli.
Hoje o castelo é um centro cultural
Há anos, o Castelo Sismondo Malatesta é um centro cultural, onde são realizados alguns eventos, principalmente durante a primavera-verão.
A praça ao seu redor foi recentemente reestruturada para valorizar esse monumento de grande importância para toda a Itália.