Um dos bairros mais charmosos de Roma, pelo menos na minha humilde opinião, é o gueto hebraico, que fica ao lado do Teatro de Marcelo e do Rio Tevere.
Instituído em 1555, é o segundo gueto mais antigo da Itália, enquanto o primeiro, o de Veneza, criado em 1516, é também o gueto hebraico mais antigo da Europa.
Breve história e dicas do gueto hebraico de Roma
Os hebreus estão presentes em Roma há mais de dois mil anos (II século a.E.V., ou seja, antes de Cristo). Esse aspecto favoreceu o desenvolvimento de uma intensa vida cultural e a produção de tantas obras de arte desde a Antiguidade.

Criação do gueto de Roma
O gueto romano foi instituído pelo Papa Paulo IV (Pietro Carafa), em 1555, e terminou em 1870, com a conquista de Porta Pia.
A área escolhida para a reclusão dos hebreus estava situada no bairro Sant’Angelo, onde, há muitos séculos, já viviam diversos membros da comunidade hebraica de Roma, bem inseridos no contexto econômico e social da cidade.
A falta de liberdade dos hebreus romanos
Com o gueto, os espaços de mobilidade física dos hebreus foram reduzidos bastante, assim como a respectiva liberdade econômica, social e religiosa.
A área de reclusão sofreu diversas alterações ao longo dos séculos, porém, até hoje, podemos ver o centro do gueto na esquina entre Via Catalana e Via del Tempio.

Presença de hebreus líbios
O bairro hebraico é uma área de grande interesse histórico e um ponto de referência para quem deseja saborear a cozinha hebraico-romana e a dos hebreus líbios, os quais formam uma comunidade presente na Cidade Eterna desde 1967.
Museu e Sinagoga
O Museu Hebraico de Roma conserva e expõe objetos provenientes, sobretudo, das antigas cinco sinagogas do gueto.
Trata-se de bens que, no decorrer dos séculos, foram oferecidos pelos diversos membros da Comunidade Hebraica de Roma às sinagogas a que pertenciam.
Os cálices para o Kiddush, os Meillim (tecidos que cobrem a Torá), os enfeites da Tevá, foram confecionados por artesãos locais e estrangeiros e fabricados em épocas diferentes (a maioria dos objetos são datados entre os séculos XVI e XIX).
O Templo Maior
O Templo Maior, inaugurado em 1904, foi a primeira sinagoga monumental construída na cidade.
Tem uma estrutura singular que reinterpreta livremente a arquitetura da Antiga Judeia, sob as influências dos estilos europeus contemporâneos, dentre os quais, a Art Nouveau.
Desde 1932, os hebreus sefarditas rezam no Templo Espanhol, situado na cava do Templo Maior.
O que ver no gueto hebraico romano
Templo Maior
Largo Stefano Gaj Tachè. Site: www.romaebraica.it
Museu Hebraico de Roma
Via Catalana, esquina com Largo 16 ottobre 1943. Site: wwww.museoebraico.roma.it
Templo dos Jovens, Ilha Tiberina
Ilha perto do gueto, conserva os restos do Templo dos Jovens.
Pórtico d’Ottavia
Complexo monumental da Roma Antiga.

Piazza Cinque Scuole
Próximo a esta área, estavam situadas cinco sinagogas que funcionaram de 1555 até 1908: a Scòla Nova, a Scòla del Tempio, a Siciliana com rito italiano, a Castelhana com rito espanhol e a Catalã.
Largo 16 ottobre 1943
Lembra o dia da inspeção dos hebreus por parte dos nazistas.
Piazza Mattei
Aqui se encontrava uma das portas do gueto que fechava a Via della Reginella.

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*Fonte: Turismo Roma Capitale.
**Este post faz parte do Projeto #experienceRome.