Na minha viagem à Sicília, em 2016, um programa que já sonhava há tempos de fazer era conhecer o Etna. E o conheci. Mesmo não tendo subido até as suas crateras mais altas, fiquei satisfeita por ter visitado algumas mais baixas e, certamente, subir até o seu topo é uma justificativa para retornar à antiga moradia do deus grego Hefesto (ou Vulcano, na mitologia romana).
Se você pretende subir o Etna, eis algumas curiosidades, informações e dicas de excursões para você aproveitar melhor a sua visita ao vulcão mais ativo da Europa.
EM 2013, O Etna foi declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.
🌋 Vulcão Etna, Sicília: curiosidades e outras informações
O Etna, chamado também de Mongibello, com os seus 3350 m de altitude e 35 km de diâmetro na base, é o maior vulcão da Europa.
Está situado ao longo da costa oriental da Sicília, cobre uma área de cerca de 1250 km2 e é limitado ao norte pelos Montes Nebrodi e Peloritani, e ao sul, pela planície aluvial do rio Simeto.
A sua formação remonta há cerca de 100 mil anos. Durante os anos, a alternância de atividade efusiva e explosiva, com coladas de lava e depósitos piroclásticos, levou a uma estratificação dos produtos vulcânicos.
Por isso, o Etna se define um estrato-vulcânico de natureza basáltica.
As bocas do Etna
As suas bocas eruptivas estão no topo do edifício vulcânico e são: Boca Nova, Voragem, Crateras do Nordeste e Crateras do Sudeste. Cada uma delas tem um diâmetro de cerca de 200 m.
Aos pés do vulcão, estão centenas de pequenos cones “acidentais”, que foram gerados no curso dos milênios durante erupções nas laterais.
A estrutura morfológica principal do vulcão é o Vale do Bove (Valle del Bovo), uma depressão que se abre em direção ao mar, no lado oriental do vulcão. O vale é largo cerca de 5 km e longo 8 km, enquanto a escarpadura, na sua parte mais pendente, é alta 1200 m.
A sua origem remonta há cerca de 10.000 anos quando a sucessão de erupções explosivas provocou alguns colapsos ou desabamentos ao longo da lateral do vulcão.
Entre a placa euroasiática e a placa africana
O Etna encontra-se na zona de colisão continental entre a placa euroasiática e a placa africana.
Nessa zona, a presença de um importante sistema de falhas distensíveis permitiu a subida do magma do manto terrestre, dando origem ao vulcanismo.
Pillow lavas
As rochas mais antigas do vulcão foram geradas durante erupções efusivas submarinas que aconteceram há cerca de 550.000 anos.
Nesse período, na verdade, a área onde surge o Etna era ocupada por um vasto golfo e a lava que saía das fraturas do fundo, resfriando-se repentinamente em contato com a água, deu origem às chamadas “pillow lavas” ou “lavas em almofada”, visíveis até hoje sobre os penhascos de Aci Castello.
A partir de cerca de 300.000 anos atrás, houve erupções em ambiente emerso.
Até tempos recentes, o Etna era considerado um vulcão prevalentemente efusivo, isto é, caracterizado, sobretudo, pela emissão de coladas lávicas.
Na realidade, nos últimos 15.000 anos a sua atividade foi caracterizada por erupções recorrentes, algumas das quais originando caldeiras vulcânicas.
🌋 Erupções do Etna
Nos últimos séculos, aconteceram frequentemente erupções explosivas de baixa energia e efusões lávicas, alimentadas seja pelas bocas eruptivas do topo do vulcão, seja pelas bocas laterais.
Essas erupções – de duração de alguns dias ou também de anos – muitas vezes danificaram as áreas urbanas que se encontram aos pés do vulcão devido ao acúmulo de cinzas e escórias e do escorrimento de coladas de lava.
🌋 Erupção do Etna, em fevereiro de 2021
Quando foi a maior erupção do vulcão Etna?
A maior erupção do Etna em tempos históricos foi a de 1669, a qual provocou a abertura de uma boca eruptiva perto de Nicolosi, a somente 800 m de quota, com uma atividade do tipo stromboliano que produziu os cones dos Montes Rossi.
A atividade efusiva começou em 11 de março e a colada lávica atingiu Catânia em 16 de abril e destruiu uma boa parte dessa cidade antes de jorrar pro mar.
🌋 Dicas para subir o Etna
O Etna alcança 3350 m de altitude e, portanto, os excursionistas devem ter em consideração, apesar de o clima siciliano ser particularmente temperado, que subindo em altitude encontram condições de alta montanha, com temperaturas bem mais baixas e frequentes rajadas de vento.
Além disso, a passagem do nível do mar para o da alta montanha no raio de poucos quilômetros determina mudanças meteorológicas repentinas devido às correntes úmidas de ar que provêm do mar e se encontram com as massas de ar fria.
Para quem pretende efetuar alguma excursão, é aconselhado vestir-se com calçados de trekking, jaqueta corta vento e boné para se proteger do sol, além de levar consigo água e alimento.
Não suba até a cratera central sem o acompanhamento de um guia
Antes de fazer uma excursão ao Etna, é indispensável se informar sobre o estado de atividade do vulcão e sobre os riscos aos quais se expõe.
Para os passeios é, portanto, aconselhado contratar um guia autorizado, a menos que não se tenha um bom e profundo conhecimento do território e dos perigos ligados à atividade vulcânica.
Ademais, é importante lembrar que os mapas encontrados no mercado podem não estar atualizados: as frequentes fases eruptivas mudam continuamente e profundamente a morfologia dos lugares, criando novos cones e campos lávicos acidentais.
*Referência bibliográfica: Tradução minha do texto em italiano do site da Protezione Civile Italiana.
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5 comments
Casuslmente,encontrei estas informações às quais quero acrescentar: uma antiga profecia Nostradâmica, pode ter relação com o Etna(Centuria 1, versiculo 69),porquanto a Ilha de Eubeia está totalmente incendiada e foi agora abandonada….Tudo indica que toda essa região poderá estar em vias de ser cremada pelo magma vulcânico subterrâneo, que já se manifestou agora em 2021….Uma outra profecia dele , relata que os peixes serão cozidos no Mar e que os Gregos e Italianos irão passar fome por causa desse calor proveniente do Manto terrestre….Parece estar ocorrendo isso ….Ou é o início disso!