Escrever sobre um artista do Renascimento italiano é o maior prazer para mim, uma vez que sou apaixonadada por esse período da arte ocidental.
E o prazer é dobrado quando dedico este texto ao magnífico Rafael Sanzio (Raffaello Sanzio), artista cujas obras são admiradas não somente na Itália, mas também em outros museus pelo mundo.
👨🎨 Rafael Sanzio, artista italiano do Renascimento
Rafael Sanzio nasceu na cidade de Urbino, Itália central, em 1483, e morreu no ano de 1520, em Roma, com apenas trinta e sete anos de idade.
Seu pai, Giovanni Santi, era um pintor, e Rafael, já aos dezesseis anos, toma conta do ateliê do pai como artista autônomo.
Por volta de 1500, Rafael colabora com outro artista de grande fama, Perugino.
Perugino, Michelangelo e Leonardo da Vinci
Além de Perugino, Rafael também decola na sua carreira artística ao se relacionar com Michelangelo e Leonardo da Vinci, e alcança o equilíbrio artístico máximo com a correta aplicação das regras da arte renascentista, a imitação da natureza e a leveza da expressão.
Em 1508, Papa Júlio II chama esse artista para ir trabalhar em Roma, mais precisamente para afrescar as salas de seu apartamento particular no Vaticano.
O ciclo inicia com a Stanza della Segnatura (1508-1511) e continua com aquela de Eliodoro (1511-1513), com uma passagem progressiva de cenas harmonicamente impostadas sobre fundos simétricos, com episódios mais estimulantes, sob jogos de luzes sugestivos.
Um artista viajado
O artista prossegue seu trabalho com retábulos de altar, retratos e afrescos, dentre estes, a decoração da Villa Farnesina, o palácio do banqueiro Agostino Chigi.
Sob o pontificado de Leão X, Rafael recebe a incumbência de ser o conservador das atividades vaticanas e se dedica a preservar o patrimônio arqueológico: realiza obras arquitetônicas e decorativas (Logge no Vaticano, Villa Madama) e modifica novamente o próprio estilo, antecipando temas e soluções do maneirismo principiante.
Rafael viajou pelas regiões italianas de Marche, Úmbria e Toscana (com uma permanência fundamental em Florença), antes da sua transferência definitiva para Roma.
A Muda
La Muta, Palácio Ducal de Urbino, região Marche.
La Muta, 1507. Essa obra foi conservada na Galeria dos Ofícios até 1926, quando então foi transferida definitivamente para a Galeria Nacional de Marche, Palácio Ducal de Urbino.
A ausência de informações precisas sobre a origem da obra fez com que a identificação do retrato ficasse controversa, a qual, segundo as últimas hipóteses, pertenceria à Giovanna Feltria della Rovere, filha de Federico da Montefeltro e mãe de Francesco Maria, herdeiro do Ducado de Urbino após a morte de Guidobaldo da Montefeltro, em 1508.
Nossa Senhora com o Menino Jesus
Madonna col Bambino, Casa Santi em Urbino, cuja primeira referência é do século XVII, quando o arquiteto Muzio Oddi, novo proprietário da casa, mencionou a obra nas suas memórias holográficas.
Considerada primeiramente como obra de Giovanni Santi, a maior parte da crítica de hoje aceita a autoria de seu filho Rafael, reconhecendo-se, assim, a primeira obra-prima do pintor urbinate, um pouco mais que um simples adolescente naquela época.
O afresco Madonna col Bambino representa Nossa Senhora de perfil, sentada no interior de um nicho enquanto, entertida com a leitura de um texto, acaricia docemente o bebê adormentado sobre seus joelhos.
O Êxtase de Santa Cecília

Êxtase de Santa Cecília entre os Santos Paulo, João Evangelista, Agostinho e Maria Madalena, Pinacoteca Nacional de Bolonha.
Realizada por volta de 1513 para a capela da beata Elena Duglioli, a qual construiu a sua própria imagem de santa sobre a lenda de Santa Cecília.
A figura de mártir é proposta em uma representação “musical” inédita, repleta de significados simbólicos que, para os olhos do devoto, chama os temas do amor divino e do desprezo pelos bens mundanos, simbolizados por meio dos instrumentos da música terrena e profana abandonados no chão.
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17 comments
em Timor -leste boatarde veijo jardin do Vaticano tao muito linda