Na foto de capa desta postagem, há um mapa da Itália com máscaras de carnaval típicas de várias regiões do país.
Peppe Nappa, na Sicília, Pancrazio, na Apúlia, e Geppin, em Gênova, são alguns exemplos de máscaras derivadas da Commedia dell’Arte.
Máscaras italianas de carnaval
As máscaras italianas de carnaval têm suas origens na famosa Commedia dell’Arte, um gênero teatral que nasceu na Itália por volta da metade do século XVI e perdurou até fins do século XVIII.
O diferencial desse tipo de teatro estava na improvisação dos “personagens fixos”, isto é, aqueles que passavam de um espetáculo a outro.
Dentre esses personagens, podemos destacar Arlecchino, Brighella, Colombina, Buffetto, etc. os quais usavam máscaras em couro e falavam dialetos e línguas diferentes.
As máscaras de carnaval na Itália, originárias da Commedia dell’Arte, difundiram-se em várias partes do país e com algumas características típicas de cada cidade.
Arlecchino
Segundo a tradição, essa seria a máscara de carnaval mais antiga, com origens na Idade Média. Sua cor é o preto e é acompanhada por uma fantasia cheia de losangos coloridos.
Criada na região Lombardia, mais precisamente em Bérgamo, essa máscara representa a cultura veneziana com uma dose de humorismo, sendo o personagem Arlecchino um servo astuto que procura extorquir alguns trocados de patrões avarentos e burros.
Giangurgolo
Típica da região Calábria, essa máscara teve uma grande difusão nos espetáculos da Commedia dell’Arte entre os séculos XVII e XVIII. Seu personagem interpretava o papel de Capitão, apesar de suas características indicarem uma origem diferente.
O nome Giangurgolo significa Giovanni Golapiena e a máscara poderia representar uma versão calabrese do Zanni bergamasco.
Meneghino
Máscara símbolo de Milão, é usada pelo personagem de um servo grosseiro, mas de bom caráter, que auspica manter a sua liberdade e se mantém ao lado do seu povo.
Seu apelido era Domeniguin, o qual, aos domingos, acompanhava as nobres senhoras milanesas à missa ou em passeios. Generoso e despachado como os milaneses, não é à toa que esses últimos sejam chamados de meneghini.
Pulcinella
Criada no século XVI, essa máscara tem sua origem em Nápoles. De cores branca e preta, é acompanhada por um longo camisão branco.
É considerada uma das máscaras com mais sorte no teatro cômico italiano. Provavelmente, Pulcinella deriva da palavra napolitana “polliccino” (pintinho).
Zanni
Máscara acompanhada por uma túnica e meias bicolores, representa o personagem de um servo-camponês grosseiro, porém astuto e avarento que, com jogo de cintura, consegue passar pra trás aqueles aristocráticos chiques.
O nome dessa máscara provém do nome Giovanni, o qual no dialeto lombardo se diz Gian, e nos dialetos vênetos, Zuan e Zan.
Sua característica é um “chifre” colocado na posição do nariz com a ponta para baixo.
Dottor Balanzone
É uma fantasia típica de Bolonha cuja máscara representa um personagem pedante e rabugento que, geralmente, fala muito e não conclui nada, porém é sabido e erudito.
Na cabeça tem um chapéu preto de aba larga e veste uma toga longa com calças pretas. Leva uma renda branca no pulso e, no pescoço, um colarinho também em renda.
Usa meias brancas e sapatos pretos com salto. Tem bigodes à la Salvador Dalì e, geralmente, carrega um livro debaixo do braço.
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7 comments
Belissimo!
Obrigada!
Maria