Muitas marcas de cosméticos, sejam brasileiras, italianas, alemãs, etc., começam a se conscientizar sobre o problema da crueldade dos testes de laboratórios feitos em animais e, aos poucos, decidem banir esse tipo de teste de seus produtos.
Assim como muitas pessoas ao redor do mundo já deixaram de ir a zoológicos, circos ou a espetáculos que desfrutam dos pobres e indefesos animais, outras milhares também optaram por usar cosméticos cruelty-free como uma resposta à indústria que ainda não parou totalmente com esses testes ignóbeis em animais.
Contato de guia brasileira na Itália
Marcas de cosméticos cruelty-free na Itália: escolha a sua e contribua para um mundo melhor
Sobre os testes em animais na Europa
Em 11 de março de 2013, em toda a Europa, entrou em vigor a proibição de testes em animais para os ingredientes de cosméticos: shampoo, sabonete líquido, maquiagem, creme de barbear, creme de todos os tipos, etc.
Trata-se de uma inovação importante que foi introduzida pela primeira vez no mundo depois de 20 anos de batalha.
O que implica a proibição
Antes dessa data, um ingrediente novo podia ser submetido a alguns testes em animais se estes fossem realizados em laboratórios fora daUnião Europeia. São testes muito invasivos para os animais, e sempre letais.
Esses testes são: toxicidade repetida (aos animais, são administradas doses baixas de substâncias durante longos períodos, até mesmo por toda a vida do animal), toxidade reprodutiva (a capacidade da substância de criar defeitos na prole, quando administrada em um animal em gravidez); toxicocinética (quando a substância atinge as células e os órgãos e causa eventuais danos biológicos).
Graças a essa proibição, agora na Europa não podem ser vendidos produtos que contenham ingredientes, desenvolvidos próprio para o campo da cosmética, que tenham sido tratados em animais, em qualquer parte do mundo, após 11 de março de 2013.
Naturalmente, não são considerados ilegais os ingredientes testados ANTES dessa data.
O que ainda NÃO foi obtido
Os detersivos não estão incluídos: para os detersivos, a proibição NÃO vale.
Os ingredientes testados em animais depois de março de 2013 não serão mais usados nos cosméticos?
Infelizmente, não é bem assim: a proibição vale somente para os ingredientes que foram criados próprio para serem usados em um cosmético. Se, ao contrário, um ingrediente é obtido para ser usado em um outro produto, não cosmético, e, assim, é testado para aquele uso, ele pode ser usado também em um produto cosmético, mesmo se testado depois de março de 2013, porque os testes foram realizados para outros objetivos.
O que acontece com as empresas que vendem em todo o mundo?
Essas empresas não poderão testar em animais os novos ingredientes que desenvolveram, se querem vendê-los na Europa, mas poderão tranquilamente testá-los para a venda em outros países.
O que podemos fazer como consumidores
Se queremos, através das nossas compras, evitar manter as empresas que ainda usam ingredientes testados em animais depois de março de 2013, pelos motivos indicados acima, devemos continuar a comprar somente de empresas que aderem ao Standard Internacional cruelty-free.
O Standard Internacional cruelty-free
As empresas que aderem a esse standard comprometem-se a:
- Não testar em animais o produto terminado, nem encomendar esses testes a terceiros;
- Não testar os ingredientes separados, nem encomendar os testes a terceiros;
- Declarar que os testes realizados pelos seus fornecedores com as matérias-primas usadas foram feitos antes de um ano estabelecido por sua escolha (por exemplo, 1995).
O que significa NÃO usar mais algum ingrediente novo(químico, de síntese), mas somente ingredientes completamente vegetais ou ingredientes de síntese já em comércio antes do ano estabelecido.
Assim fazendo, não se estimula a experimentação em animais.
O conceito de cruelty-free, do Standard Internacional, é somente sobre testes em animais. Mas quando os ingredientes derivam de exploração e matança de animais (mesmo se não testados) devem evitados de qualquer forma.
Tais ingredientes são: gordura animal, gelatina animal, ácido esteárico, glicerina, colágeno, placenta, âmbar cinza, musgo de origem animal, algália, castóreo, leite, creme de leite, soro de leite, ovo, lanolina, mel, cera de abelha.
O site de referência para o Standard Internacional, que contém também o elenco de todas as empresas que o aderiram em todo o mundo, é Cruelty Free International Organization.
As empresas cruelty-free na Itália: quais são e onde encontrar seus produtos
As etiquetas exibidas nos cosméticos e detersivos não têm algum valor sobre o quanto vale a efetiva ausência de “crueldade” no produto em questão.
A escrita “Não testado em animais”, “Testado clinicamente”, “Testado dermatologicamente” não tem nenhuma importância porque geralmente indica simplesmente que o produto terminado não foi testado.
O que realmente é importante, em vez disso, é que cada ingrediente não tenha sido testado em animais, e isso não é assegurado por alguma escrita ou símbolo.
As empresas abaixo não testam o produto finalizado, não encomendam testes no produto terminado e não usam ingredientes testados por produtores após o ano de adesão a essa normativa.
Assim, ajudamos a não incrementar a experimentação em animais.
Aconselha-se a comprar produtos de empresas certificadas ICEA que aceitaram se submeter a controles externos em vez de operar em regime de simples autocertificação.
Lista de cosméticos cruelty-free que você pode comprar na Itália
Clique nos nomes das empresas para abrir os respectivos sites.
Contato de guia brasileira na Itália
*Fonte: Consumoconsapevole.org