Com quatro milhões de visitantes por ano (antes da pandemia do Covid-2019), provenientes de todo o mundo, Pompeia é um dos sítios arqueológicos mais famosos do planeta, um lugar único, uma cidade perdida e redescoberta, animada no decorrer dos séculos por paixões violentas e dotada de um ardor e uma vitalidade extraordinários.
Os jogos de poder, as relações amorosas, a ambição desenfreada e a criatividade eram percebidos nas ruas, respirados nos templos e podem ser admirados ainda hoje nos seus afrescos, nas ruínas, nos achados arqueológicos que sobreviveram à dramática erupção de 79 d.C.

Filme sobre Pompeia: Pompeia. Eros e Mito
Pompei, Eros e Mito (Pompeia. Eros e Mito, tradução livre) é dirigido por Pappi Corsicato, produzido por Sky, Ballandi e Nexo Digital em colaboração com o Parque Arqueológico de Pompeia e o MANN – Museu Arqueológico Nacional de Nápoles.
Pompeia. Eros e Mito é uma viagem que nos leva ao passado de dois mil anos. São destacados os mitos e os personagens que contribuíram para tornar imortal este sítio arqueológico único no mundo, que a Unesco inseriu na lista de Patrimônio Mundial da Humanidade.
“Pompeia. eros e mito” estreou nos cinemas italianos em 29-30 de novembro e 1º de dezembro de 2021.
Uma viagem pela mitologia
Da história de amor entre Baco e Ariadne, na célebre Vila dos Mistérios, à relação ambígua entre Leda e o Cisne, das lutas gladiatórias até a desesperada busca pela imortalidade de Poppea Sabina (segunda mulher do imperador Nero), o filme-documentário coloca em cena os lados menos notos e mais secretos da cidade.
Os mesmos que, no século XVIII, levaram a Igreja Católica a esconder alguns dos achados arqueológicos mais escandalosos e escabrosos que foram recuperados durante as escavações.
Quem nos conduz pelas ruas de Pompeia é uma narradora excepcional: a pluripremiada Isabella Rossellini.
A sua presença e a sua voz acompanham os espectadores em um percurso elegante que mostra como os mitos e as obras encontradas tenham seduzido e influenciado artistas, como Pablo Picassso e Wolfang Amadeus Mozart.
Rei Carlos III de Espanha
Enriquecem o percurso entre história e arte as reconstituições dos mitos em chave contemporânea criada por Pappi Corsicato: Baco, Ariadne, Teseu, Leda, somente para citar alguns, vestem roupas modernas e são suspensos em um tempo que pertence ao passado, mas também ao presente, para mostrar o quanto a herança de Pompeia seja ainda hoje uma contínua fonte de inspiração artística.
Era o ano de 1748 quando o rei Carlos III de Espanha patrocinou as escavações oficiais em Pompeia após terem encontrado achados arqueológicos na vizinha Herculano.
Foi, então, que começaram a despontar, com sempre maior clareza, os detalhes da catástrofe de 79 d.C., ano no qual o Vesúvio enterrou cidades inteiras, dentre elas Pompeia, Herculano e todo o território circunstante.
Tesouros descobertos
No curso das escavações de Pompeia, foram descobertos tesouros, estátuas, afrescos, mocaicos, objetos da vida cotidiana, mas também mansões e casas privadas que, até hoje, contam a vida de uma cidade vivaz, com jardins, chafarizes e decorações imponentes.
É ao longo dessas ruas antigas e graças às obras conservadas no MANN – Museu Arqueológico Nacional de Nápoles, que temos a oportunidade de conhecer a vida dos moradores de Pompeia antes da erupção.
Uma atenção particular é dada ao Gabinete Secreto do MANN, instituído pelos Bourbon para custodiar os objetos mais “escandalosos” e explicitamente eróticos.
As histórias exploradas no filme são de homens e de mulheres dos quais restam alguns traços concretos, pois quando o fluxo piroclástico com uma temperatura altíssima atingiu Pompeia, provocou a morte instantânea pelo choque térmico e os corpos permaneceram na posição em que se encontravam naquele momento, deixando marcas depois da decomposição.
Contato de guia brasileira na Itália
A partir da segunda metade do Oitocentos, cerca de uma centenas de calcos foram realizados a partir dessas marcas, inspirando poetas e artistas, como Roberto Rossellini, que dedicou à descoberta de alguns calcos uma célebre cena em “Viaggio in Italia”.
No filme, temos a participação de:
- Massimo Osanna, Diretor Geral do Parque Arqueológico de Pompeia;
- Andrew Wallace-Hadrill, Professor Emérito de Estudos Clássicos na Universidade de Cambridge;
- Catharine Edwards, Professor de Estudos Clássicos e História Antiga – Birkbeck, Universidade de Londres;
- Darius Arya, Diretor do American Institute for Roman Culture;
- Ellen O’Gorman, Professor Associado de Estudos Clássicos na Universidade de Bristol.

Trailer de Pompeia. Eros e Mito
*Fonte: Release de Nexo Digital.
2 comments
Belíssima matéria, obrigado
Obrigada,
Maria